sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Rede social LiveMocha promove o ensino de várias línguas através do encontro entre alunos e nativos

Publicada em 16/02/2011 às 08h41m
Leonardo Cazes
Simone Nomura, que estuda inglês e espanhol no site LiveMocha, em uma visita a Buenos Aires / Arquivo Pessoal
RIO - Simone Nomura chegou a fazer um curso de inglês pago na USP, mas precisou largar por falta de grana. Para continuar estudando, seguiu a dica de uma amiga, professora de inglês, e entrou no LiveMocha (www.livemocha.com), uma rede social para ensino de línguas. Criado em 2007, o site conecta pessoas dispostas a ensinar sua língua nativa e aprender idiomas de outros países. Os brasileiros já são 12% dos usuários no mundo, o equivalente a 1,8 milhão de pessoas.
O LiveMocha possui tanto módulos gratuitos quanto pagos. De graça, são exercícios de vocabulário básico. Para ir além, é preciso pagar, mas o preço é bem mais em conta do que de um curso tradicional: o pacote de um ano sai por, aproximadamente, R$ 250. Já o custo mensal é de R$ 35.
Achou estranho aula de inglês sem professor, sala de aula e livro didático? Simone garante que isso não é problema. Afinal, não tem nenhum colega para puxar assunto em português.
- A correção dos exercícios é feita por pessoas nativas na língua, que dão dicas muito legais, como expressões do idioma. Às vezes, utilizamos expressões formais demais para algumas situações ou um tanto informais para outras. Eles ajudam com dicas - exemplifica Simone, que trabalha como secretária-executiva de um projeto da prefeitura de São Paulo.
Ela conta que não é difícil encontrar quem esteja disposto a ensinar, já que a curiosidade sobre o Brasil é muito grande. E sobram americanos e australianos para tirar as dúvidas de inglês. Além de exercícios de texto, é possível também gravar mensagens para que seus amigos corrijam a pronúncia, por exemplo.
O formato de rede social facilita, inclusive, a criação de amizades. A rede funciona nos moldes do Facebook: é possível adicionar amigos que terão acesso às suas atualizações (no caso do LiveMocha, suas dúvidas). Simone ficou amiga de uma chilena que a ajuda nas lições e também manda mensagens quando ela passa mais de um dia sem entrar. Motivação extra para estudar e bater papo.
Há ainda a possibilidade de se tornar tutor do site. O LiveMocha recruta entre os usuários aqueles com bom aproveitamento na correção de sua língua nativa. Eles trabalham para garantir a qualidade dos cursos pagos. É o caso de Olizal Azevedo. Em 2007, ele entrou para o site na tentativa de aperfeiçoar o seu inglês e não saiu mais. Sempre que consegue uma folga, corrige exercícios feitos em português. O pagamento é feito tanto em dinheiro quanto em créditos na própria rede social para custear os módulos pagos.

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