Sonho com um mundo em que a ética seja mais que simplesmente uma palavra ou um conceito. Que seja um modo de vida, uma crença verdadeira e firme, um motivo pelo qual as pessoas seriam capazes de dar a sua vida, uma realidade consolidada em que não tenhamos que viver em falsete, para que as muitas farsas encenadas diariamente não nos tornem cínicos, hipócritas, falsos e amargos. Num mundo ético não teríamos que omitir, mentir, esconder nada... Espero que seja o sonho de tantas e tantas outras pessoas! Gosto de acreditar nisso para que as batalhas cotidianas tenham real sentido e nos motivem a buscar um mundo melhor para todos!
'Corporações não tem corpo para prender nem alma para arder no fogo do inferno.' [Do filme 'The Corporation'] Agridem o meio-ambiente, exploram trabalhadores em países pobres, nos fazem comprar produtos que não queremos (sugestionados por seu marketing poderoso), nos levam a abdicar de nossos hábitos e costumes, nos levam a abrir mão de nosso mais valioso bem - o tempo, fazem com que sacrifiquemos nossos relacionamentos... Tudo de forma bastante sutil, subliminar, sem que nem ao menos percebamos e ainda nos levando a crer que nossas escolhas foram livres, feitas de forma consciente...
As políticas indigenistas nacionais e o trabalho de ONGs têm procurado ao longo dos últimos anos e décadas defender e estimular o respeito a cultura indígena brasileira, preservando o que ainda nos resta de sua valorosa contribuição para a brasilidade. É movimento essencial que deve continuar a acontecer e, sempre que possível, ser viabilizado através do comprometimento das novas gerações com esta importante causa.
Os índios brasileiros, primeiros habitantes desta terra, foram aos poucos sendo empurrados de suas aldeias e terras originais para o interior do país. Não apenas tiveram suas terras usurpadas, mas também sua cultura foi sofrendo com as ingerências e imposições do branco que por aqui se estabeleceu. Recuperar as raízes da brasilidade passa, necessariamente, pela compreensão e resgate das tradições indígenas. Sua cultura original não se perdeu por completo e precisa ser estudada, entendida e respeitada.
A Cultura Popular é elemento de agregação, de união, de reconhecimento e identidade. Por estas produções percebemos quem somos, de onde viemos, quais são as nossas raízes e, de certo modo olhamos para a frente sabendo ao certo que caminhos devemos seguir. Aliado aos elementos da cultura erudita, que nos permitem perceber a aventura humana em sua totalidade e generalidade, temos condições reais de entender melhor a saga humana no Planeta Terra.
O artista popular é aquele que nasce com a verve artística apurada. Os sons, movimentos, traços, letras e qual seja a manifestação através da qual irá se destacar se faz presente em seu DNA, mesmo que suas origens sejam humildes, o seu saber acadêmico seja pouco e as condições onde vive sejam parcas.
Sempre digo a meus alunos, sejamos protagonistas de nossas vidas, da história, da construção de um país mais justo, digno e próspero para todos. Tenho visto as pessoas acomodadas em sonhos que não lhes pertencem, que lhes foram vendidos, como mercadoria mesmo, por um marketing que é tão poderoso e subliminar que nem nos percebemos vítimas do mesmo, mas afortunados por podermos consumir (infelizmente). Ser protagonista significa, como preconiza Paulo Freire - no que concordo em grau, número e gênero e que igualmente advogo - assumir-se como cidadão consciente, participativo, crítico, político e que, por conta disso, intervém no mundo e se propõe a estar sempre conhecendo, desvendando e se aventurando neste mesmo mundo!
Quando leio e porque estou a ler, entro no universo do outro, daquele que me apresenta o que pensou, criou, imaginou, colocou em debate, em questão. Me é permitida a entrada na discussão e espera-se que, como leitor, seja crítico e, portanto, capaz de não apenas acrescentar tais ideias ali discutidas a meus saberes e, sim, que delas faça matéria-prima para novas formulações, postulações, proposições. E que se entenda que tal leitura é um movimento sem fim e não restrito tão somente aos livros e as letras, mas ao mundo, as artes, ao cinema, as expressões corporais, aos quadrinhos, ao que se produz no universo virtual...
Construa muitas redes sociais em sua vida. Faça amigos entre seus vizinhos. Socialize o máximo que puder. Converse com as pessoas em seu trabalho. Seja simpático e gentil sempre que puder. Transforme o mundo num lugar melhor, no qual as pessoas se sintam bem e queiram estar utilizando seu carisma, sorriso, charme e encanto. Ter amigos na internet é muito legal, tê-los na vida real, por perto, é melhor ainda!
Por João Luís de Almeida Machado
Membro da Academia Caçapavense de Letras
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