quinta-feira, 2 de maio de 2013

FIQUE SABENDO - Endocrinologista esclarece os mitos e as verdades sobre o diabetes em mulheres

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A grande maioria dos casos está relacionada à má alimentação, excesso de doces e álcool, alimentos industrializados, sedentarismo, tabagismo e estresse. | Foto: Garo/phanie/Phanie Sarl/Corbis
Vários mitos foram criados a cerca do tema o diabetes entre as mulheres. A grande maioria dos casos está relacionada à má alimentação, excesso de doces e álcool, alimentos industrializados, sedentarismo, tabagismo e estresse. O endocrinologista do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Airtom Golbert, e o nutricionista do Hospital Federal da Lagoa, Felipe Rizzetto, esclarecem os mitos e verdades sobre o diabete em mulheres.
Diabetes em mulheres é mais comum do que em homens? Mito.
“Apesar do último levantamento realizado pelo SUS mostrar uma incidência um pouco maior de mulheres portadoras do diabetes em relação aos homens, não podemos afirmar que a doença acomete mais a população feminina. O diabetes está relacionado diretamente a fatores genéticos, obesidade e sedentarismo”, explica Felipe Rizzetto.
“O diabete não tem preferencia de gênero. Não dá para afirmar que é uma doença preferencial à população feminina. É uma doença relacionada ao sobrepeso, obesidade e má alimentação. A população feminina no Brasil, apesar das campanhas de prevenção contra a obesidade, ainda é acentuada”, lamenta Airtom Golbert.
O estresse no trabalho dobra o risco de diabetes entre as mulheres? Verdade.
“A mulher tem a rotina acelerada no trabalho e em casa. Com isso, o estresse e as tensões do cotidiano provocam uma alteração hormonal. É como se o corpo fosse colocado em situação de urgência, aumentando o cortisol, o glucagon e a adrenalina. Esses hormônios fazem com que o organismo fabrique mais glicose, acentuando as chances do diabetes”, orienta o endocrinologista.
“O estresse gera e aumenta a ansiedade. Com isso vem à perda da rotina alimentar e consequentemente o consumo de alimentos ricos em açúcar, industrializados e gordurosos”, alerta o nutricionista.
Os doces, chocolates, refrigerantes, consumidos em excesso pelas mulheres na popularmente conhecida Tensão Pré-menstrual (TPM) aumentam o risco do diabetes? Verdade.
“O consumo de alimentos ricos em sódio, gorduras e grãos refinados predispõe as mulheres a desenvolverem o sobrepeso, obesidade e hipertensão arterial, fatores de risco para o surgimento do diabetes”, alerta o nutricionista.
“Esse risco de diabetes seria em consequência do sobrepeso adquirido em função da ingestão exagerada de alimentos altamente calóricos nos momentos de compulsão e ansiedade característica deste período”, enfatiza o endócrino.
O que fazer para driblar essa ansiedade feminina, nos períodos pré-menstruais? Existem alimentos que amenizam os sintomas? Verdade.
“Aumentar o consumo de grãos integrais, hortaliças, leguminosas, frutas, produtos lácteos de baixo teor de gordura e diminuir o consumo de carnes vermelhas, carnes processadas, refrigerantes e farinhas refinadas. O consumo de produtos integrais aumenta a sensação de saciedade, o que diminui os episódios de compulsão por alimentos processados e ricos em açúcar, como o chocolate”, diz o nutricionista.
“É difícil controlar a ansiedade e a compulsão feminina neste período, mas se possível opte por alimentos naturais, menos calóricos e pratique alguma atividade física. Se a mulher se deixa levar por essa compulsão de ansiedade, pode engordar de 1 a 2 kg durante esse período. Esses quilinhos extras podem demorar meses para serem perdidos. O sobrepeso é um facilitador para o diabetes. Por isso, opte por alimentos e hábitos de vida saudáveis”, finaliza o endócrino.
  • Dicas do nutricionista Felipe Rizzetto para amenizar os sintomas da TPM
“O fracionamento das refeições é uma ótima dica. Fazer as refeições em intervalos pequenos, de 3 em 3 horas faz com que o corpo não utilize “recursos” para sanar a falta ou o excesso de carboidratos e gorduras. É preciso também avaliar como anda o consumo de micronutrientes, pois a falta deles gera uma séria de descontroles no organismo. Muitas vezes, se faz necessário a suplementação de zinco, selênio, magnésio, dentre outros, que estão envolvidos na digestão e manutenção da homeostase do organismo. Não podemos esquecer da hidratação e do consumo diário de água”, orienta.
Fonte: Érica Santos / Comunicação Interna do Ministério da Saúde

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