quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Comprovando tendência de crescimento da área, nova escola de games é inaugurada no Rio

O GLOBO - Rodrigo Gomes
RIO - Quem sonha em ganhar dinheiro trabalhando com games já tem algumas opções de formação no Rio de Janeiro, como a graduação da Estácio e as pós-graduações da Veiga de Almeida, da PUC-Rio e da UFF. Recém-inaugurada, a escola Seven Games é mais uma que engrossa essa lista, se dedicando também a formar profissionais ligados à área de jogos, mas oferecendo cursos livres. A tendência é que a oferta de ensino na área de jogos eletrônicos se amplie, pois, de acordo com um estudo da Associação Brasileira de Games (Abragames), a previsão é de que, neste ano, a indústria cresça 35%, criando uma procura maior por mão de obra especializada.

Saiba mais sobre o curso
A Seven, localizada em um prédio de sete andares, na Rua do Rosário, no Centro, tem capacidade para 1.500 alunos. De acordo com Douglas Madeira, coordenador de ensino da escola, para conseguir fazer um game é preciso gostar, entender do assunto e estar sempre antenado com o que rola no mercado. Ele explica que a proposta dos cursos, com duração de um ano e meio em média, é oferecer uma formação completa, seja na modalidade de Design ou na de Programação de Jogos.

- Antes de escolher que caminho seguir, o aluno passa por um teste vocacional. Se a aptidão for números, ele fará o curso de Programação de Jogos e terá uma formação voltada para criar a história e as regras do game. Se sua vocação for desenho, será direcionado para a área de Design, responsável pelo cenário, roupa e estrutura física dos personagens - detalha, completando. - Os dois mundos são naturalmente separados, porque dificilmente você encontra um artista apaixonado por matemática ou um programador com habilidades artísticas - diz.

Mas há quem queria unir as duas áreas. É o caso de Felipe Castelo Branco, de 17 anos, que optou por fazer os dois cursos, Design de Games e também Programação.

- Quero me tornar um profissional mais completo e versátil - afirma, contando que já deu os primeiros passos para fazer sua primeira criação. - Há três meses comecei a criar um jogo de plataforma no estilo do Super Mario Bros. Fui até onde meu conhecimento permitiu e, aqui na escola, pretendo terminar o game - planeja o estudante.

Outros sonham com a profissão desde pequenos. Fã de jogos eletrônicos e matriculado no curso de Programação, Lukas Fischer, de 19 anos, ganhou o gosto pela área quando herdou o Atari do pai. Foi seu primeiro console e, a partir daí, com os conhecimentos adquiridos do curso de técnico de Programação de Dados, ele criou seu primeiro jogo para web e descobriu sua vocação.


- Depois do jogo pronto é que tive a certeza de que queria fazer o curso. Desde criança, meu sonho era entender como os jogos funcionam e criar um game - conta Lukas.

Nas aulas, as plataformas ensinadas não se limitam ao PC. Também são abordados os sistemas de produção de jogos para Xbox 2D e 3D, celulares, iPad e internet, que hoje é o mercado com a maior demanda.

- Jogos para a web como a "Fazendinha", a "Colheita Feliz" e o "BuddyPoke" fazem sucesso. Em seguida, estão os aplicativos para iPhone - diz Madeira.

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