Mudar de escola resolve?
Marcelo C. Souza
Existe uma crença de que mudar de escola ou de cidade fará com que a pessoa deixe de ser vítima. Infelizmente não funciona, pois o padrão comportamental da pessoa vai fazer com que seja atacada em qualquer lugar.
O problema é o padrão comportamental que predispõe uma pessoa a ser vítima. Nesse ponto o atendimento psicológico de orientação comportamental é fundamental, pois desenvolve novos repertórios comportamentais incompatíveis com o perfil das vítimas de bullying, que geralmente são pessoas tímidas, caladas e com baixa auto-estima.
A vítima precisa de orientação. Isso inclui ir a delegacias especializadas em crimes virtuais e/ou procurar atendimento jurídico, psicológico e médico.
O bullying deve ser sempre combatido e jamais tolerado. Cabe lembrar que não é só aquele que pratica o bullying que é o agressor. Os espectadores que não fazem nada e ainda dão risada da vítima que está sendo humilhada é tão agressor quanto o bullyer (o agressor principal). São chamados de agressores passivos, que reforçam o comportamento do agressor que por sua vez aumenta a frequência dos comportamentos agressivos por obter reforço social.
As pessoas precisam entender que bullying não é bobagem ou brincadeira de mau gosto, mas sim agressão psicológica e muitas vezes física, que deixa marcas para toda uma vida.
Ser vítima para sempre ou mudar de vida?
Procure seus pais, o diretor da escola, um psicólogo qualificado e competente e conte o problema. Não se silencie, não deixe que a situação se agrave.
Fonte: Psicologia e Ciência.
Gostou desta postagem?
Não deixe de:
- Assinar o feed do Pediatria Brasil gratuitamente;
- Receber as atualizações em seu e-mail;
- Conhecer o Mapa do Blog;
- Clicar em Tweet para twittar esta postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário