terça-feira, 11 de janeiro de 2011

DIRETO DA 10ª CRE - VIA RIOEDUCA

Segunda-feira, 10/01/2011

A E.M. Prefeito João Carlos Vital e sua alvenaria literária

Quem passa em frente à Escola Municipal Prefeito João Carlos Vital, não deixa de observar as pinturas das capas de livros infantis que embelezam o muro e dão vida ao ambiente escolar.


O paredão em pedra não lavrada, que outrora cercava todo o quarteirão, 
deu lugar, na altura da Escola Municipal Prefeito João Carlos Vital, a outro tipo de 
muro, que passamos a denominar de “Alvenaria Literária”.

A Escola Municipal Prefeito João Carlos Vital está localizada na Rua Ferreira Nobre, 176,
em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. É uma rua que presta homenagem
ao intendente (vereador) José Ferreira Nobre, que presidiu a Ilustríssima Câmara
Municipal da Corte na época da inauguração do antigo Matadouro Público (1881-1884).
A Escola João Carlos Vital faz parte do complexo conhecido como “Quarteirão Cultural
de Santa Cruz”, que inclui também o Largo do Bodegão, a Igreja de São Jorge, a FAETEC,
o Centro de Zoonoses da Prefeitura, o CIEP Barão de Itararé, as Ruínas do antigo Matadouro,
o Colégio Estadual Barão do Rio Branco, a antiga Estação Ferroviária, a Vila Operária,
a Escola Municipal Fernando de Azevedo, a Escola Municipal Princesa Isabel,
o Centro Cultural Dr. Antonio Nicolau Jorge e a Vila Olímpica Oscar Schimdt.
É um espaço de grande expressão simbólica, tanto sob o ponto de vista da história do bairro, como da cultura, dos esportes, do patrimônio e também da educação.
Em razão da sua privilegiada localização, a E.M. Prefeito João Carlos Vital
destaca-se pela sua visibilidade. Seguindo um pouco adiante, no sentido da
Vila Operária dos antigos funcionários do Matadouro, para o Largo
do Bodegão, os transeuntes não deixam de observar a robusta construção
em alvenaria, do muro da Escola Técnica de Santa Cruz (FAETEC), preservado
desde o final do século XIX. As pedras vieram do Morro do Mirante, ponto
de maior altitude do centro do bairro.
A escola funciona em dois turnos, possui doze turmas, desde a Educação
Infantil até o 5º ano. Há 26 anos é dirigida pela professora Maria Aparecida
Ramalho de Souza, que tem como diretora adjunta Maria de Lourdes Ramalho
de Moraes e como coordenadora pedagógica a professora Maria Helena
Domingos Batalha. 
Como na alvenaria temos um processo de construção de parede ou de muro,
na “Alvenaria Literária” da Escola Municipal Prefeito João Carlos Vital temos
um projeto que dá início ao ambiente de alfabetização e de interesse pela leitura,
a partir das ilustrações estampadas no muro da unidade escolar.
Na realidade, a Escola Prefeito João Carlos Vital desenvolve dois projetos de
incentivo à leitura. O primeiro, denominado “Contar para Encantar”, acontece
em todas as turmas, com todos os alunos, a partir dos trabalhos desenvolvidos
dentro de sala de aula pelos professores.
Semanalmente, cada professor conta uma história infantil, selecionada previamente
para seus alunos. Como o espaço destinado à Sala de Leitura é pequeno,
todos os professores se organizam para que os alunos possam conhecer o acervo
composto por mais de dois mil títulos, exposto em monoblocos transportáveis,
na parte externa da escola.
Segundo a professora Maria Helena, coordenadora pedagógica, a exposição é organizada no pátio da escola, onde os alunos, a partir do manuseio e contato com os livros, começam a fazer suas escolhas para participarem do segundo projeto conhecido como “Leva e Traz.”
É a partir do Projeto “Leva e Traz”, que os próprios alunos, concluindo a leitura dos l
ivros selecionados e avaliação semanal, estarão fazendo a indicação para a
seleção das obras cujas capas serão ampliadas e reproduzidas no muro fronteiriço
da Escola Prefeito João Carlos Vital.
Maria Helena explica que os alunos às sextas-feiras, sob orientação dos seus
professores, retiram os livros que desejam levar para casa, para leitura e avaliação.
No texto de apresentação do “Projeto Leva e Traz”, há destaque para a importância
do livro como fonte de conhecimento e também para o significado que a leitura
de histórias deve ter para garantir o interesse pelas atividades literárias desde a
Educação Infantil.
Para garantir o resultado satisfatório dos projetos de incentivo à leitura, os professores
contam sempre com o apoio dos pais e responsáveis. Nas reuniões, a
coordenadora pedagógica Maria Helena fala sobre o “Projeto Leva e Traz”, e seu
significado para a formação de novos leitores solicitando a colaboração dos pais
para que, em casa, acompanhem a leitura com seus filhos, além da preocupação
no cuidado com o livro e sua devolução na segunda-feira. Os resultados,
segundo a coordenadora pedagógica são sempre positivos. Concluída a leitura do l
ivro cada aluno recebe uma ficha de avaliação, quando apontam se a leitura foi:
muito boa; boa; regular ou ruim. É a partir dessa avaliação, que é feita a seleção
dos livros cujas capas irão para a pintura mural.
Sobre a pintura do muro da escola com ilustrações das capas de livros infantis, que
já vem sendo executada há mais de dez anos, Maria Helena informa que, de início,
era feita pelos próprios alunos, mas, para evitar problemas com alergias,
os desenhos passaram a ser feitos por um pintor profissional, que é remunerado com
verba da própria escola.
É uma despesa que compensa uma vez que é ali na entrada da escola que
“começa o ambiente alfabetizador dos alunos”, conforme enfatizou a professora Maria
Helena.
Além do ambiente bonito e convidativo, que bem deveria caracterizar todo espaço
destinado a funcionar como escola, outro ponto que merece ser ressaltado é a i
nexistência de qualquer tipo de pichação nos muros da Escola Municipal Prefeito
João Carlos Vital.

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