quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Editorial: Educação é novo desafio do RJ

 
05 de janeiro de 2011

Artigo afirma que colocar o Rio de Janeiro entre os cinco mais bem colocados no Ideb ''embora não seja uma tarefa fácil, não é impossível de ser alcançada''

O réveillon de 2011 foi comemorado no Rio como um marco histórico. De fato, 2010 será lembrado como o ano em que forças policiais e militares expulsaram um verdadeiro exército de bandidos que se entrincheirava no chamado Complexo do Alemão.

A desarticulação da quadrilhas desde que os morros da região foram ocupados deixou claro que lá estava a retaguarda de grande número de ações criminosas praticadas na cidade e até em vários outros municípios fluminenses. A guerra contra o crime não foi ainda vencida e, por isso, a segurança pública deverá permanecer como uma das prioridades do segundo mandato do governador Sérgio Cabral.

Mas há outros desafios importantes para serem superados nesses próximos quatro anos. Investimentos em infraestrutura serão necessários para estimular os empreendimentos em curso ou programados para todo o estado. E, à medida que o calendário avança, mais atenção as autoridades precisarão prestar ao andamento das obras e dos compromissos assumidos pelo Estado em relação à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.

Nesse sentido, é animador que o governador Sérgio Cabral tenha se comprometido, depois de reempossado, a pavimentar as estradas fluminenses e vias urbanas da região metropolitana que fazem os moradores sofrerem com a poeira nos dias secos e com a lama em tempos de chuva.

Tão relevante como os sistemas de transporte são os passos adiante que o Estado deverá dar na saúde e no meio ambiente, e também neste caso é alvissareiro que o governador prometa se empenhar para atingir em seu novo mandato as metas do pacto do saneamento básico, que prevê a coleta e o tratamento adequado de mais de 80% do esgoto doméstico.
 
A construção de moradias, a urbanização de favelas, o arruamento e as compensações ambientais de grandes empreendimentos no Estado deverão facilitar essa tarefa.

Mas o futuro do Rio de Janeiro somente estará pavimentado quando o ensino público médio, de responsabilidade do governo estadual, começar a apresentar resultados semelhantes aos que já vêm sendo colhidos na segurança e em outras áreas do estado.

No primeiro mandato de Sérgio Cabral o governo estadual saiu da "idade da pedra" em termos de gestão, com os administradores passando a contar com ferramentas de trabalho modernas. Esse esforço abrangeu a Educação, mas foi insuficiente. Para que os resultados apareçam, o esforço terá de ser multiplicado rapidamente.
 
É o que garantem o governador e o seu atual secretário Wilson Risolia, que fez um bom trabalho quando esteve à frente do Rio previdência (o fundo que garante os vencimentos e pensões dos servidores inativos). Risolia está incumbido de tirar o ensino do estado do penúltimo lugar do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), à frente do Piauí, e situar o Rio de Janeiro entre os cinco mais bem colocados. Embora não seja uma tarefa fácil, não é impossível de ser alcançada.

Uma decisão crucial para que se atinja o objetivo já foi tomada: o fim das influências político-partidárias em nomeações na área. A mesma regra é adotada na segurança pública, com resultados conhecidos.
Fonte: O Globo (RJ)

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