domingo, 13 de fevereiro de 2011

Educação pode ajudar no combate aos desastres naturais, defende especialista

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Rastro de destruição em Itaipava, distrito de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro/Foto: Wilson Dias/ABr
A Assembleia Geral da ONU promoveu na quarta-feira, 9 de fevereiro, um debate especial sobre prevenção de desastres naturais. Só em 2010, enchentes, terremotos, nevascas e ondas de calor mataram 296,8 mil pessoas e afetaram 208 milhões em todo o mundo.
O professor de Engenharia Ambiental, Pedro Caballero, comentou sobre algumas medidas de prevenção à Rádio ONU, de São Paulo. Segundo o especialista, políticas de infraestrutura, unicamente, não resolvem o problema.
"Na univesidade, nós já percebemos que o que é estrutral somente não soluciona o problema, mesmo em curto prazo. O que se precisa fazer são também medidas não estruturais como educação. Ou seja, se eu ensinar para cada pessoa que ter três árvores na frente de casa vai reduzir a temperatura ambiente, haverá absorção de água, emissão de oxigênio, além de melhorar a biodiversidade, já vai ajudar bastante", exemplificou Caballero.
O caráter educacional para prevenção de desastres naturais é um dos focos doSistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais, criado recentemente pelo governo federal. Segundo o cientista Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), as comunidades precisarão “saber ler” os 800 pluviômetros que serão instalados em todo o país.
De acordo com as Nações Unidas, países que investem na redução de desastres e riscos estarão mais bem preparados para se proteger e atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Quase 600 municípios já aderiram à campanha da ONU para construção de cidades mais seguras.
Prefeitos de várias cidades, técnicos de finanças e comércio compareceram à sede da ONU para o debate realizado nesta quarta-feira, em Nova York. O evento incentivou a construção de estruturas mais seguras e de investimentos para reduzir riscos, principalmente em áreas urbanas.
A sessão foi aberta pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ele lembrou que somente no início deste ano, já houve cheias na Austrália e no Brasil. O Nordeste da Austrália também foi afetado por um ciclone de categoria 5. Deslizamentos e enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro causaram mais de 800 mortes. No Vietnã, uma onda de frio matou 10 mil cabeças de gado. Atualmente, a seca na China e as inundações no Sul da África também preocupam, pois podem acarretar na escassez e alta de preços dos alimentos.
Ban Ki-moon lembrou que milhares de crianças morreram em 2010 com os desastres, e que essas mortes poderiam ter sido evitadas.

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