Fonte: Folha
Desde pequena, aprendi a dividir os meus brinquedos com um irmão Down.
E o mais legal é que eu aprendi a abraçar com mais força, rir sem medo, olhar nos olhos sempre e nunca desistir, por mais difícil que seja a caminhada.
Hoje, sou uma profissional que pensa e faz mídia, o tempo todo. Nos bastidores de uma TV, com profissionais que lidam muito com a voz, com quem vive para a internet, com estrangeiros que precisam falar bem a língua portuguesa. Respiro comunicação.
Só que o que foi plantado dentro da gente durante a infância, fica pra sempre. É por isso que eu não consigo imaginar um mundo que não seja pra todo mundo, que não seja plural, igualitário e mais humano.
Por que as pessoas não entendem de uma vez por todas que a mídia brasileira é deficiente e não inclui?
Pessoas cegas precisam da audiodescrição –um recurso de acessibilidade onde um profissional descreve imagens, cenas, expressões faciais, e que já existe nos Estados Unidos e na Europa desde a década de 80!
Pessoas surdas precisam do intérprete de Libras, a língua brasileira dos sinais –que não é universal e possui sinais diferentes de acordo com a região em que se vive. Parecido com o sotaque ou com palavras típicas de uma região.
Pessoas com deficiência auditiva, que falam, usam aparelho auditivo e leem bem, precisam da legenda.
Três recursos de acessibilidade que fariam a alegria de milhões de brasileiros, mais precisamente, 6 milhões de surdos e 16 milhões de pessoas cegas.
A Folha dá o primeiro passo. Faz vídeos inclusivos e lança este blog com a intenção de reunir gente que pode melhorar o mundo. Queremos fazer história.
Para isso, precisamos ser muitos, milhares, milhões...
Se você está lendo este texto, saiba que você também faz parte desse todo!
Como você pode multiplicar estas informações?
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