sábado, 8 de dezembro de 2012

CACHORROS NA PRAIA, RISCO EM DOBRO

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CACHORROS NA PRAIA, RISCO EM DOBRO:

Nada contra os poodles, yorkshires e pit-bulls, mas o hábito de levar o seu cãozinho de estimação para dar uma voltinha na areia da praia é extremamente impróprio. Com tanta informação sobre as doenças que a presença deles provoca, não dá para conceber a presença desses fofinhos (ou fofões) na orla. Um simples passeio, aparentemente inofensivo, pode representar um grave risco para a saúde dos banhistas.

O médico veterinário Paulo de Araújo Guerra, do setor de zoonoses da Secretaria Estadual da Saúde do Paraná, diz que por mais bem tratados que sejam, esses animais são hospedeiros naturais de parasitas que podem provocar bicho geográfico e cerca de outros 40 tipos de doenças humanas. "A orientação é para que os animais fiquem em casa. Não há como negar que eles representam um risco para a saúde dos veranistas", ressalta o especialista, explicando que a urina e as fezes desses animais são passíveis de contaminar a areia e a água do mar.

O parasita mais incidente é o do bicho geográfico. Ele é causado pela larva migrans, encontrada nas fezes do cachorro, e se adapta muito bem à areia molhada, perto do mar. A larva penetra pelo pé ou ainda pelo bumbum das crianças e migra para outras partes do corpo, desenhando um caminho e formando uma espécie de mapa na pele, daí o seu nome.

Assim, ao ter contato com os microorganismos, as pessoas são contaminadas e podem desenvolver essas doenças. "Outra preocupação que os cães trazem são os riscos de ataques aos banhistas", lembra Guerra. A proibição ou não da circulação de animais de estimação nas praias cabe às prefeituras desses municípios. Em algumas delas, já existe essa preocupação. São colocadas placas de sinalização avisando da proibição. Em outras, o descaso é total.

Areia contaminada

Paulo Guerra explica que a contaminação do ser humano ocorre por meio do contato direto da pele com as larvas depositadas na areia quente e úmida. As crianças, que passam grande parte do tempo brincando na areia, são as principais vítimas. "Ao levar a mão cheia de areia à boca, elas correm sério risco de contaminação", alerta. Outro cuidado essencial, aconselhado pelo especialista, é para que as pessoas não sentem ou deitem diretamente na areia, procurando fazê-lo sobre uma toalha ou esteira.

"As crianças, que passamgrande parte dotempo brincando na areia,são as principais vítimas."

Por outro lado, a médica veterinária Débora Schrappe, do Cemepac – Centro Médico Paranaense de Animais de Companhia, declara que animais de estimação bem cuidados, que tenham sido desvermifugados, não trazem qualquer tipo de risco à população. Ela transfere a culpa para os animais errantes, os conhecidos cães-sem-dono. "Os cães de apartamento passam por trabalhos profiláticos e, com certeza, eles não são os causadores dessas contaminações", afirma.

Apesar disso, a especialista orienta para que as pessoas se conscientizem e não levem seus animais de estimação à praia, já que eles próprios podem ser vítimas desse passeio à beira-mar O cachorro também pode adquirir vários ectoparasitas como pulgas, bicho-de-pé, carrapato, piolho e sarna na areia da praia. Além disso, podem ser contaminados por vermes no contato com a areia e fezes de outros animais. Débora adverte também que o pêlo molhado com água salgada pode causar problemas de pele, otites e conjuntivites, além do aparecimento de fungos e alergias.

Disponível em <http://pron.com.br/canal/vida-e-saude/news/107838/?noticia=CACHORROS+NA+PRAIA+RISCO+EM+DOBRO> acesso em 06 dez. 2012 

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