sexta-feira, 4 de março de 2011

Adoção do projeto Escolas do Amanhã reduz a evasão escolar

O Globo
RIO - Implantadas a partir de 2009, as Escolas do Amanhã - um programa especial criado pela prefeitura para as unidades localizadas em áreas de conflito - começam a surtir efeito. Dados da Secretaria de Educação mostram que a evasão de alunos nessas escolas caiu de 5,1%, registrado no fim de 2008, para 3,26%, em 2010. Embora ainda esteja acima da média das outras escolas da rede da prefeitura (2,35%), esta é a primeira vez que o índice apresenta redução acentuada, conforme antecipou nesta quinta-feira Ancelmo Gois, em sua coluna no GLOBO .
Em 2010, a Secretaria de Educação já havia notado que as Escolas do Amanhã estavam ajudando a mudar a realidade dos alunos. Das 290 unidades que atingiram as metas da prefeitura para o ensino e foram premiadas por isso, 53 eram Escolas do Amanhã.
Hoje são 151 Escolas do Amanhã, que contam com educação em tempo integral, laboratórios de ciência, salas de leitura e internet com banda larga, além de atividades lúdicas e esportivas diariamente.
- Sabíamos que as ações criadas especificamente para as Escolas do Amanhã iriam surtir efeito, mas a queda da evasão foi até um pouco acima do que esperávamos. Isso nos anima e mostra que podemos avançar mais - disse a secretária de Educação, Cláudia Costin.
O Programa Escola do Amanhã foi criado depois que a prefeitura notou que os índices da educação em algumas unidades apresentam sistematicamente baixos indicadores. Ao identificar as áreas geográficas das escolas, a equipa da secretaria descobriu que elas estavam em áreas controladas por traficantes ou milicianos, e conviviam quase que diariamente com a violência.
Para a secretária, a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas até então controladas por bandidos também ajuda a mudar a realidade nas escolas. Trinta e duas unidades estão em áreas de UPP.
- Para se ter uma ideia, na Cidade de Deus, após a instalação da UPP, houve um aumento de 30% na frequência escolar - afirma Cláudia Costin.

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