quarta-feira, 7 de março de 2012

Brincadeiras podem estimular crianças a adotar atividades físicas

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Brincadeiras podem estimular crianças a adotar atividades físicas:

Foto: Winky Lewis/Aurora Photos/Corbis


A atividade física não precisa ser um tormento para as crianças. De forma lúdica e prazerosa, ela pode ser um artifício para estimular os pequenos a adotar hábitos de vida mais saudáveis. “Resgatar as brincadeiras é ótimo para tornar as crianças mais ativas”, afirma a coordenadora-geral de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis (CGDANT), do Ministério da Saúde, Deborah Malta. “Para combater e prevenir a obesidade, o exercício é elemento essencial”, frisa.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para considerar uma criança e um adolescente ativos, é recomendado que eles pratiquem uma hora diária de atividades físicas. “São cinco horas semanais. Portanto, é necessário ter outras atividades para completar os exercícios desenvolvidos na escola durante a Educação Física, que geralmente tem duração de duas horas semanais. No recreio é importante ter um lazer ativo, como pular corda, jogar peteca, queimada e correr”, cita Deborah Malta.


A coordenadora acredita que a escola tem um papel fundamental para que a criança passe a enxergar a atividade física como algo que proporciona alegria, e não a veja apenas como obrigação. “É essencial que as aulas de Educação Física não sejam burocratizadas e só valorizem os melhores. Tem que ser algo bastante estimulador, para potencializar o espaço de aprendizado. A escola é a porta de entrada para descobrir que a atividade física é um prazer”, observa.


As brincadeiras também tiram a criança de frente da televisão, computador e do videogame, principais causadores do sedentarismo infantil. A OMS recomenda que crianças não devem ficar mais que uma ou duas horas em frente à TV e videogame diariamente. Isto porque, sentada em frente a telinha, a criança não se exercita e acaba consumindo mais alimentos ricos em gorduras e açúcares e de baixo valor nutricional, estimulada pelas propagandas. O grande benefício, segundo Deborah Malta, é que a criança não só troca hábitos sedentários por hábitos ativos, como aumenta a possibilidade de manter a postura saudável pelo resto da vida.


Escolares ativos – A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2009 a partir de convênio entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística escolares eram ativos a (IBGE), investigou o tempo de atividade física acumulada dos escolares do 9º ano do ensino fundamental das 26 capitais estaduais e do Distrito Federal. Foram levados em conta o tempo e a frequência com que foram realizadas atividades como o deslocamento para a escola a pé ou de bicicleta, aulas de educação física na escola e outras atividades físicas extraescolares.

Os resultados revelaram que 43,1% dos escolares eram ativos. Mais da metade dos estudantes do sexo masculino foram incluídos na categoria ativos (56,2%), enquanto entre os alunos do sexo feminino a frequência foi de 31,3%. As percentagens observadas entre frequentadores das redes privada e pública foram, respectivamente, 45,1% e 42,6%.


Semana Saúde na Escola – Mais de 5 milhões de alunos com idade entre 5 e 19 anos que frequentam escolas públicas em todo país terão uma programação diferenciada até a próxima sexta-feira , 9 de março. Os ministérios da Saúde e da Educação realizam a primeira edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola, que tem como tema a obesidade em crianças e adolescentes.


Uma das ações que será realizada durante a semana é avaliação nutricional dos estudantes, quando os profissionais das equipes do Programa Saúde da Família vão pesar e medir os alunos e calcular o Índice de Massa Corpórea (IMC). Além de orientações nutricionais, os profissionais encaminharão os estudantes que estiverem com excesso de peso para as Unidades Básicas de Saúde.


As famílias também visitarão as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para conhecerem os serviços ofertados. As UBSs são capazes de resolver até 80% dos problemas de saúde das pessoas daquele território que ela é responsável, desafogando dessa maneira os hospitais de referência da região.


Fonte: Ana Paula Ferraz / Agência Saúde

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